Os dados são de um estudo do IBGE. Entregadores também tiveram a renda analisada
Um motorista de aplicativo de transporte individual de passageiros - como Uber, 99 e inDrive, por exemplo - está tendo um ganho mensal de aproximadamente R$ 2.500. E os entregadores conseguem, em média, R$ quase R$ 1.800 por mês.
Esses valores são referentes ao ano passado e foram apontados em estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado a partir de um acordo de cooperação técnica com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).
O mesmo estudo apontou que os aplicativos de serviços no Brasil responderam por quase 2% dos trabalhadores em 2022, o equivalente a 1,5 milhão de brasileiros. O índice representa 1,7% da população ocupada no setor privado, que chegava ao total de 87,2 milhões no período abordado - quarto trimestre do ano passado.
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Assim, os motoristas de app estão ganhando R$ 11,80 por hora e os entregadores, R$ 8,70 por hora.
FORÇA DOS APLICATIVOS NO BRASIL
Os apps de transporte de passageiros - como Uber, 99 e inDrive - predominam, com 52,2% dos entrevistados (778 mil) tendo as plataformas como trabalho principal (a pesquisa incluiu motos e táxis).
Os apps de entrega de alimentos e produtos ficaram em segundo lugar na análise, com 39,5% (589 mil). Já os trabalhadores de aplicativos de prestação de serviços gerais ficaram em terceiro lugar, somando 13,2% (197 mil).
E, como esperado, o estudo também concluiu que a maioria dos trabalhadores das plataformas eram homens - 81,3% dos entrevistados. E eram homens jovens: o grupo de 25 a 39 anos correspondia a quase metade (48,4%) dos parceiros das plataformas.
“Há mais homens nas plataformas porque a maior parte dos trabalhadores por aplicativo são condutores de automóveis e motocicletas, ocupações majoritariamente masculinas”, explicou Gustavo Geaquinto, analista da pesquisa.
Vale ressaltar que, como destacou o IBGE, os dados são experimentais, ou seja, estão em fase de teste e sob avaliação.
MAIS FORÇA NO NORTE/NORDESTE
O estudo do IBGE confirma o que todos já sabem: os apps têm mais força como trabalho nas regiões mais pobres do País e onde a escolaridade é menor.
Já a população sem instrução e com fundamental incompleto era a menor entre os parceiros (8,1%), mas correspondia a 22,8% do total de ocupados. Cerca de 77,1% dos parceiros eram trabalhadores autônomos, contra 29,2% para os não plataformizados.
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