Número de deslocados corresponde a 10% da população da área; maior parte está abrigada em escolas
As Forças de Defesa de Israel fizeram novos bombardeios pesados contra a Faixa da Gaza, nesta terça-feira (10). Os ataques continuaram durante toda a noite e vararam pela manhã, com vários caças sendo ouvidos enquanto sobrevoavam a área.
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Em um comunicado, as forças israelenses afirmaram que os seus aviões atingiram mais de 200 alvos em Rimal e Khan Yunis em Gaza, alegando que as áreas “são usadas como centros terroristas” pelo Hamas e que “um grande número de ataques terroristas contra Israel são dirigidos para lá”.
As FDI disseram estar comprometidas em “garantir que o Hamas não tenha quaisquer capacidades militares no final da guerra”.
Embora Israel tenha dito que se concentrava em ataques contra alvos do Hamas, a realidade é que civis, incluindo crianças, são frequentemente alvos dos ataques.
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O porta-voz tropas israelenses, tenente-coronel Richard Hecht, disse nesta terça-feira que a distinção entre alvos militares e civis não era tão simples.
“Em edifícios onde as pessoas vivem, poderia haver um depósito de armas poderia haver um chefão do Hamas morando lá”, disse ele.
200 mil deslocados em Gaza
O escritório humanitário das Nações Unidas disse, nesta terça-feira, que quase 200 mil pessoas, ou quase um décimo da população, fugiram de suas casas em Gaza desde o início da guerra. A região está prestes a enfrentar escassez de água e eletricidade devido a um bloqueio anunciado ontem por Israel.
“O deslocamento aumentou dramaticamente em toda a Faixa de Gaza, atingindo mais de 187.500 pessoas desde sábado. A maioria está abrigada em escolas”, disse Jens Laerke, porta-voz do OCHA, em um briefing em Genebra, dizendo que mais deslocamentos eram esperados à medida que os confrontos continuassem.
Um porta-voz da Organização Mundial da Saúde disse ter relatado 13 ataques a instalações de saúde na Faixa de Gaza desde o fim de semana e disse que os suprimentos médicos armazenados lá já haviam se esgotado.
Número de mortos aumenta
Pelo menos 900 pessoas morreram em Israel e mais de 680 palestinos foram mortos desde que o conflito eclodiu no sábado (7), quando o Hamas lançou um ataque surpresa devastador contra Israel.
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Na terça-feira, o Gabinete de Comunicação Social do Governo, controlado pelo Hamas, acrescentou que dois jornalistas locais foram mortos e outro ferido num ataque aéreo israelita a um edifício residencial no oeste de Gaza.
Os ataques de Israel são ainda mais complicados, dado que vários reféns estão detidos pelo Hamas.
As autoridades israelenses acreditam que mulheres e crianças estão entre os 150 reféns em Gaza, disse o embaixador do país na ONU. O Hamas afirmou que mantém mais de 100 prisioneiros, incluindo oficiais do exército israelita.
Fonte: cnnbrasil.com.br
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