Em quatro dias, três pacientes foram diagnosticados no estado. Diretor da SES explica como esse fungo age no corpo e como se prevenir.




Em menos de uma semana, Pernambuco teve três pacientes diagnosticados com o Candida auris, conhecido também como superfungo por ser resistente a medicamentos. Por causa de um dos casos, o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande Recife, parou de fazer novos atendimentos para evitar outras contaminações.



Na quinta (25), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que criou um comitê técnico para monitorar as infecções pelo Candida auris. Em entrevista ao Bom Dia PE desta sexta (26), o diretor geral de Informações Epidemiológicas da SES, José Lancart de Lima tirou dúvidas sobre os casos e orientou como se prevenir (veja vídeo abaixo).


Por que o Candida auris é conhecido como superfungo?
🦠 Em 2019, o Candida auris foi caracterizado pela comunidade científica como um fungo mais resistente a medicamentos do que os outros.

"Ele resiste muito bem à temperatura mais elevada e baixa. E também tem uma resistência significativa a algumas classes de antifungos utilizadas no seu controle", disse José Lancart de Lima.

🔬 Estudos indicam que até 90% dos pacientes com Candida auris são resistentes a fluconazol, anfotericina B ou equinocandinas, que são medicamentos usados no tratamento de infecções por fungos.

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Como ele age no corpo?
🔎 Geralmente, não há manifestação clínica da presença do superfungo e o paciente que está "colonizado" por ele é assintomático, segundo o diretor geral de Informações Epidemiológicas da SES.

👥 A transmissão acontece através do contato direto com objetos ou pessoas infectadas.

🩸 O Candida auris é capaz também de infectar o sangue, levando a casos agressivos e, muitas vezes, letais, de acordo com José Lancart de Lima.


🩺 Pacientes com alguma comorbidade, imunosuprimidos ou cardiopatas têm um risco maior de apresentar um agravamento do quadro clínico quando infectados com o superfungo.


Quem são os três pacientes infectados em Pernambuco?
🏥 Um homem de 48 anos, internado no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, diagnosticado no dia 11 de maio;

🏥 Um idoso de 77 anos, internado no Hospital Tricentenário, em Olinda, que teve o diagnóstico no dia 14 de maio;

🏥 Um idoso de 66 anos, internado no Hospital Português, no Paissandu, na área central do Recife, no dia 23 de maio.


🚫 Os nomes dos pacientes infectados não foram divulgados.


Como foi feito o diagnóstico?
🦠 Os pacientes não foram internados por causa do superfungo e foram diagnosticados com Candida auris no hospital.

🔎 O diagnóstico foi confirmado através de protocolos existentes nas unidades hospitalares, que detectaram o superfungo.


Como estão os infectados?
🩺 Segundo a SES, os três pacientes contaminados têm quadro clínico estável e, assim que estiverem com condições de receber alta, vão ser liberados dos hospitais.


Como se prevenir?
De acordo com o diretor, as formas de prevenção são as seguintes:

🧼 Higiene das mãos;

🧤 Uso adequado de materiais de proteção;

🧽 Limpeza do local onde estão os pacientes infectados.



Álcool 70% ajuda a prevenir a contaminação?
"Não, o álcool não tem uma condição de controle tão específica para esse fungo", disse José Lancart.
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Como os hospitais têm evitado novas contaminações?
🏥 Segundo o diretor, foram intensificadas as medidas de prevenção e controle nos hospitais a partir da notificação dos casos do superfungo em Pernambuco.

😷 Além disso, foram reforçadas a limpeza e a desinfecção das unidades de saúde, assim como foi ampliada a atuação das equipes de controle de infecção hospitalar.


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