Partidos têm até dia o 15 de agosto para registrar seus candidatos junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)


A corrida eleitoral não começou oficialmente, mas, depois da desistência de João Doria, ainda são 15 os possíveis candidatos à Presidência da República em 2022. Diversos partidos já definiram previamente nomes para a disputa ao Palácio do Planalto, mas é preciso lembrar que cada legenda tem até dia o 15 de agosto para registrar as candidaturas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


O primeiro turno das eleições de 2022 está marcado para o dia 2 de outubro, enquanto o segundo turno ocorrerá no dia 30 do mesmo mês.



Quem são os possíveis candidatos à Presidência da República em 2022?

Jair Bolsonaro (PL)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, tenta a reeleição em 2022 pelo PL. Bolsonaro é nascido em Glicério, no interior de São Paulo, e foi o primeiro militar eleito por voto direto desde 1945. Antes de ocupar a Presidência, foi deputado federal pelo Rio de Janeiro por sete mandatos, entre 1991 e 2018.


Lula (PT)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o pré-candidato à Presidência da República pelo PT e o principal adversário de Bolsonaro, segundo as pesquisas de intenção de voto. Lula nasceu em Garanhuns (PE), é ex-metalúrgico e governou o país entre 2003 e 2010. Em 2018, foi preso para fins de execução provisória da pena no processo do tríplex do Guarujá e foi impedido de disputar as eleições daquele ano com base na Lei da Ficha Limpa. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações de Lula. Posteriormente, os processos da Lava Jato contra ele prescreveram ou foram arquivados.


Ciro Gomes (PDT)

Pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes é de Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Foi governador do Ceará, ministro da Fazenda no governo Itamar Franco e ministro da Integração Nacional no governo Lula. Disputou as eleições presidenciais de 1998 e 2002 pelo PPS e de 2018 pelo PDT, quando ficou em terceiro lugar. Em 2018, o JOTA mostrou que na ocasião Gomes respondia a 77 processos que requeriam danos morais ou que imputavam a ele o cometimento de crimes contra a honra.



Simone Tebet (MDB)

A senadora Simone Tebet é pré-candidata à presidência pelo MDB. Nascida em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, Tebet foi prefeita de sua cidade natal e elegeu-se senadora em 2015, sendo a segunda mulher a assumir a função pelo seu estado. Presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em 2019 e 2020, e foi líder da bancada feminina.


Luciano Bivar (União Brasil)

Nascido em Recife, Luciano Bivar é deputado federal por Pernambuco e atual presidente nacional do partido União Brasil. Bivar também presidiu o PSL entre 1998 e 2018. O nome de Bivar como pré-candidato à Presidência da República ainda não está confirmado pelo União Brasil.


Sergio Moro (União Brasil)

Nascido em Maringá, no Paraná, Sergio Moro deixou o Podemos e foi para o União Brasil. Ao anunciar a mudança, disse que, momentaneamente, abria mão da corrida presidencial. Apesar disso, seu nome continua sendo cogitado nos bastidores, embora Bivar, do mesmo partido, se coloque como pré-candidato.


Moro é ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro. Era o juiz responsável pelos julgamentos da Operação Lava Jato. Depois do episódio que ficou conhecido como Vaza Jato, sofreu revezes nos tribunais, como a declaração de parcialidade para julgar Lula feita pela 2ª Turma do STF.


Felipe D’Ávila (Novo)

Cientista político e fundador do Centro de Liderança Pública (CLP) – uma organização dedicada a formar líderes políticos, Felipe D’ávila foi lançado como pré-candidato à Presidência pelo partido Novo. Nascido na cidade de São Paulo, D’Ávila tem mestrado em administração pública pela Harvard Kennedy School e é publisher do VirtùNews.


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André Janones (Avante)

André Janones é pré-candidato à Presidência da República pelo Avante, partido pelo qual ocupa o cargo de deputado federal por Minas Gerais desde 2019. Mineiro de Ituiutaba, Janones é advogado e viralizou na internet com uma série de vídeos sobre a greve dos caminhoneiros em 2018.


Leonardo Péricles (UP)

Leonardo Péricles é presidente do partido UP (Unidade Popular pelo Socialismo), criado em dezembro de 2019. Nascido em Belo Horizonte, Péricles mora em uma ocupação e passou a vida militando em movimentos sociais e estudantis.



Aldo Rebelo (sem partido)

Aldo Rebelo está trabalhando sua pré-candidatura à Presidência de forma independente. Nascido em Viçosa, Alagoas, Rebelo foi deputado federal pelo PCdoB por seis mandatos, entre 1991 e 2011. Ele foi ministro-chefe da Secretaria de Coordenação Política e Relações Institucionais e ministro do Esporte durante o governo Lula. Já no governo Dilma, ocupou o cargo de ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações e de ministro da Defesa. “Sou pré-candidato e pretendo me filiar a um partido em breve”, afirmou ao ser consultado pelo JOTA.


Eduardo Leite (PSDB)

Deixou o cargo de governador do Rio Grande do Sul e, apesar de ter perdido as prévias tucanas para Doria, ainda é cogitado nos bastidores como possível pré-candidato. Chegou a flertar com o PSD, mas permaneceu no PSDB.


Eduardo Leite é bacharel em Direito. Nascido em Pelotas, Leite iniciou sua carreira política no movimento estudantil, foi eleito prefeito de sua cidade natal em 2012, onde foi vereador entre 2009 e 2012. Em 2018, ganhou as eleições para governador e tornou-se um dos mais jovens da história a ocupar o cargo no RS e o primeiro governador brasileiro abertamente homossexual.


Eymael (DC)

José Maria Eymael é pré-candidato à Presidência pelo Democracia Cristã, partido fundado e presidido por ele. Nascido em Porto Alegre, Eymael é advogado e foi deputado federal por São Paulo por dois mandatos, entre 1987 a 1995. Concorreu às eleições presidenciais de 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, porém não obteve sucesso em nenhuma das tentativas.


Pablo Marçal (Pros)

Pablo Marçal é coach, empresário e influenciador digital. Nascido em Goiânia, ele lançou livros sobre desenvolvimento pessoal e financeiro e tem mais de 3 milhões de seguidores nas redes sociais. Marçal lançou sua pré-candidatura à Presidência da República pelo Pros. No início do ano, Marçal organizou uma expedição ao Pico dos Marins, em Piquete (SP), que quase terminou em tragédia e que mobilizou o Corpo de Bombeiros para o resgate de 32 pessoas. Por isso, em janeiro, a juíza Rafaela Assumpção Cardoso Glioche, da Vara de Piquete, proibiu que Pablo Marçal realize qualquer atividade externa em programas motivacionais.


Vera Lúcia (PSTU)

Anunciada pelo PSTU como pré-candidata à Presidência, Vera Lúcia é natural de Inajá, em Pernambuco. Formada em sociologia e militante do movimento sindicalista, Vera foi uma das fundadoras do PSTU e é a presidente do partido em Sergipe. Ela foi candidata à Prefeitura de Aracaju (SE) por quatro vezes: 2004, 2008, 2012 e 2016; concorreu também à eleição presidencial em 2018 pelo PSTU e, em 2020, foi candidata à Prefeitura de São Paulo, mas nunca venceu um pleito.


Sofia Manzano (PCB)

Doutora em História Econômica e professora da UEBA, Sofia Manzano foi lançada como pré-candidata à Presidência da República pelo PCB. Nascida na cidade de São Paulo, Manzano é militante comunista e filiada ao PCB desde 1989. Foi presidente da União da Juventude Comunista (UJC) e candidata à vice-presidência do Brasil em 2014, concorrendo na chapa de Mauro Iasi.


João Doria (PSDB) desistiu da candidatura à Presidência

João Doria deixou o comando do governo de São Paulo para concorrer à Presidência, mas no dia 23 de maio anunciou a retirada da candidatura, diante da resistência da cúpula tucana ao nome dele. O político é nascido na cidade de São Paulo e filiado ao PSDB desde 1991. Em 2016, elegeu-se prefeito da cidade de São Paulo, mas deixou o cargo, em 2018, para disputar o governo do estado. Foi escolhido para ser candidato à Presidência pelo PSDB, após enfrentar Arthur Virgílio, do Amazonas, e Eduardo Leite, então governador do Rio Grande do Sul, nas prévias do partido. Ainda assim, não conseguiu se viabilizar como candidato.