De acordo com a Polícia Civil, a Operação Reverso cumpre 18 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão, além de bloquear bens dos acusados, nesta quinta-feira (12).


Dezoito pessoas suspeitas de corrupção, venda ilegal de armas de fogo e de desvio de dinheiro público são alvo da Operação Reverso, deflagrada nesta quinta-feira (12). Segundo a Polícia Civil, a investigação começou em janeiro deste ano e também são cumpridos 22 mandados de busca e apreensão domiciliar contra os acusados (veja vídeo acima).


Os crimes investigados pela polícia são o de peculato (desvio de dinheiro público), corrupção e comércio ilegal de arma de fogo, além de formação de organização criminosa. Os mandados são cumpridos pela 18ª Vara Criminal da Capital. A Justiça também determinou o bloqueio de bens das pessoas envolvidas no esquema criminoso.


A Polícia Civil não deu detalhes de como funcionava a organização criminosa e também não divulgou os nomes das pessoas presas. O G1 questionou a corporação sobre os locais onde são cumpridos os mandados e quantos já foram presos, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Durante as investigações, a Polícia Civil de Pernambuco recebeu o apoio da Polícia Civil do Pará e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).


Uma das pessoas conduzidas pela polícia foi um policial militar do 19º Batalhão da PM, que não teve o nome divulgado.


De acordo com o advogado que o representa, Eduardo Morais, o agente foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Na casa dele, havia uma arma sem registro e, por isso, ele foi conduzido à sede do GOE. Ele foi autuado por posse ilegal de arma de fogo, pagou fiança e foi posteriormente liberado.


O material apreendido durante a operação é levado à sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), localizado no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Ao todo, participam da operação 170 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.


Os delegados Cláudio Castro e Guilherme Caraciolo, respectivamente titulares do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), chefiam a operação.

g1.globo.com/pe/pernambuco