Ataque ocorreu em Piedade, em Jaboatão, no sábado (10). Neste domingo (11), familiares foram ao IML, no Recife, para liberar o corpo, que será enterrado na segunda (12).
Marcelo Rocha, de 51 anos, morreu depois de ser atacado por tubarão, em Piedade, em Jaboatão, no sábado (10) — Foto: Reprodução/Acervo de família
Familiares do homem de 51 anos que morreu após ser atacado por um tubarão, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, no sábado (10), liberaram o corpo neste domingo (11), no Instituto de Medicina Legal (IML), na capital. O cunhado de Marcelo Rocha disse que o ataque ocorreu quando ele deixava o mar (veja o vídeo acima).
Desde 1992, quando começaram a ser registrados os ataques no litoral pernambucano, foram notificados outros 65 incidentes com tubarão. Os dados são do Comitê Estadual de Monitoramento (Cemit). Ao todo, houve mais 25 mortes, nesse período.
Segundo o motorista José Cabral, cunhado de Marcelo, a vítima estava com a água na cintura e foi atacada quando terminava de se lavar.
"Ele foi se banhar e, quando ia saindo, o bicho atacou. Ele não chegou a entrar todo na água. Ele não tinha bebido", comentou José Cabral.
Marcelo, que trabalhava como auxiliar de serviços-gerais, tinha encerrado o expediente, no sábado, quando decidiu ir à praia de Piedade com amigos.
Parecentes de homem que morreu aos ser atacado por tubarão liberaram corpo, neste domingo (11), no IML — Foto: Júlia Montenegro/TV Globo
O ataque ocorreu na área conhecida como Igrejinha, onde aconteceram outros 12 incidentes com tubarão, desde 1992.
"Ali, todo mundo em Pernambuco sabe que é perigoso e tem muitas placas avisando. Ele estava com três colegas, foi bater uma bolinha e depois mergulhar", comentou José Cabral.
De acordo com o cunhado, Marcelo não costumava ir à praia após o trabalho. "Naquele dia, aconteceu dele ir. Foi um impacto muito grande. Imagine a família esperando a pessoa que vai chegar do trabalho e não chegar. E receber uma notícia dessa. É muito triste", declarou.
Marcelo, que morava no UR-1, no Ibura, deixou a esposa e três filhos de um antigo relacionamento. O sepultamento está previsto para acontecer na segunda-feira (12), no Cemitério da Várzea.
"Não vai ser hoje, não, porque ele tem família na Bahia. Os filhos dele estão chegando de lá", comentou o cunhado.
A vítima ainda foi levada ao Hospital da Restauração, no bairro do Derby, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Abalada, a mulher da vítima não quis falar com a imprensa.
Dia seguinte
Neste domingo, dia seguinte ao ataque, havia pessoas na praia, no trecho do ataque. Na área, há um posto de guarda-vidas. Poucos se arriscaram a entrar na água.
O barraqueiro José Ivan dos Santos, que trabalha na praia há 25 anos, contou a TV Globo que já presenciou vários ataques, inclusive o que vitimou o auxiliar de serviços gerais.
"O pior é que agente já vem sofrendo com a pandemia e está sem movimento. Agora, acontece outro ataque", afirmou.
Para o barraqueiro, as pessoas devem ter consciência. "Nós orientamos as pessoas todos os dias, aqui. Os bombeiros também falam que é preciso seguir as orientações e observar as bandeirinhas", declarou.
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