Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, entre 3 de janeiro e 1º de maio de 2021, foram confirmados 473 casos da doença. No mesmo período de 2020, o estado teve 191 confirmações.
O mosquito Aedes aegypti é o principal transmissor de dengue, zika e chikungunya em regiões urbanas do Brasil — Foto: João Paulo Burini/Getty Images via BBC
Em meio à pandemia de Covid-19, Pernambuco teve aumento do número de casos confirmados de chikungunya. Segundo a Secretaria estadual de Saúde (SES), entre 3 de janeiro e 1º de maio de 2021, o crescimento desse tipo de ocorrência chegou a 148%, no comparativo com o mesmo período de 2020.
O boletim epidemiológico da Semana 17 confirmou 473 casos de chikungunya nos quatro primeiros meses de 2021.
No mesmo período de 2020, as confirmações chegaram a 191. Essas ocorrências foram informadas por 73 das 184 cidades do estado.
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a chikungunya se caracteriza por dores de cabeça e nas articulações, manchas na pele, náusea a febre.
Também no mesmo boletim, a Secretaria Estadual de Saúde apontou que, no primeiro quadrimestre de 2021, foram confirmados 683 casos de dengue. No mesmo período de 2020, o estado confirmou 2.616 casos da doença.
A redução, portanto, é de 74%. A doença, segundo o estado, foi registrada em 139 dos 184 municípios pernambucanos.
No boletim da Semana Epidemiológica 17, a secretaria faz uma ressalva sobe a coleta de dados de arboviroses, por causa da pandemia da Covid-19.
"Levando em conta o cenário de isolamento social e restrições, é provável, ou seja, há uma suspeita, de que houve certa subnotificação de casos, especialmente, em relação aos casos leves", afirmou o estado.
O governo também informou que a "orientação é que as pessoas procurem os serviços de saúde mais próximos de sua casa para que a notificação seja realizada".
Sobre a zika, a secretaria de Saúde confirmou nove casos, entre 3 de janeiro e 1º de maio de 2021. Esses registros foram feitos em 51 cidades.
O estado informou que não tem disponível a quantidade de casos confirmados de zika no primeiro quadrimestre de 2020.
Infestação
No primeiro quadrimestre de 2021, segundo a secretaria, não foram confirmadas mortes por arboviroses. A secretaria investiga quatro óbitos.
O estado afirmou que o “diagnóstico laboratorial positivo dos óbitos, para qualquer uma das arboviroses, não necessariamente confirma estas doenças como causas da morte”.
“Esta avaliação, para descarte ou confirmação, depende de minuciosa investigação domiciliar e hospitalar do óbito e da discussão de cada caso no Comitê Estadual de Discussão de Óbitos por Dengue e outras Arboviroses”, informa a secretaria, no boletim.
Sobre o índice de infestação de mosquito Aedes aegypti, causador das arboviroses, a secretaria divulgou os resultados do 2º ciclo do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa).
Esse trabalho foi realizado entre 8 e 12 de março de 2021 Esse estudo mostrou que 36 dos 184 municípios pernambucanos estão em “situação de risco” de surto de arboviroses.
Além disso, 88 municípios encontram-se em “situação de alerta” e 56 cidades tem “situação satisfatória”. Quatro prefeituras não enviaram informações ao governo até o fechamento do levantamento.
Covid-19 em Pernambuco
Nesta terça, Pernambuco ultrapassou a marca de 15 mil mortes por Covid-19. Com a confirmação de mais 3.029 casos e 68 óbitos, o estado totalizou 446.093 pessoas diagnosticadas com a doença e 15.048 falecimentos desde o começo da pandemia, em março de 2020.
O estado passou de 14 mil óbitos no dia 30 de abril. No dia 15 de abril, duas semanas antes, o total de mortes era de 13.051.
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