De segunda a sexta, só serviços essenciais serão autorizados à noite; aos sábados, domingos e feriados, isso valerá para o dia todo. Aulas na rede estadual só vão começar em 8 de fevereiro. Cirurgias eletivas estão suspensas em todos os hospitais públicos e conveniados.
O agravamento da pandemia de Covid-19 no estado de São Paulo levou a gestão João Doria (PSDB) a anunciar, nesta sexta-feira (22), medidas para tentar conter o avanço do número de casos e mortes provocadas pelo coronavírus.
As ações se concentram em três eixos centrais:
endurecimento de medidas restritivas de isolamento – estado entra fase vermelha da quarentena aos finais de semana e a partir das 20h nos dias úteis;
adiamento da volta às aulas na rede estadual – previsto para 1º de fevereiro, o retorno deve ocorrer no dia 8 do mês que vem; além disso, foi suspensa a obrigatoriedade do retorno presencial dos alunos de escolas em regiões nas fases laranja e vermelha;
e cancelamento de cirurgias eletivas – esse tipo de procedimento foi suspenso em todos os hospitais públicos e conveniados porque o estado corre risco de esgotar sua capacidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em 28 dias, caso o ritmo atual de novas internações por Covid-19 se mantenha.
O estado de SP registra média diária de óbitos pela doença acima de 200 há 14 dias seguidos, o que não acontecia desde setembro de 2020.
Após mais uma semana de piora nos indicadores da Covid-19 em São Paulo, o governo determinou que, aos finais de semana e feriados, todo o estado fique na fase vermelha do plano de flexibilização econômica – nos dias úteis, as restrições de fase vermelha devem valer das 20h às 6h
Nesse estágio, só estão autorizados serviços essenciais, como padarias, mercados e farmácias. Já bares, restaurantes e comércio não podem funcionar.
A medida valerá, em todo o estado, nos finais de semana dos dias 30 e 31 janeiro e dos dias 6 e 7 de fevereiro.
Na capital, inicialmente o governo havia informado que esta segunda-feira (25), por ser feriado do aniversário da cidade, obedeceria às restrições de fase vermelha – ou seja, a mesma regra do fim de semana. No entanto, depois foi informado que, na segunda, as restrições de fase vermelha vão valer partir de 20h, como nos demais municípios.
Os serviços essenciais que podem funcionar na fase vermelha são:
Farmácias
Mercados
Padarias
Açougues
Postos de combustíveis
Lavanderias
Meios de transporte coletivo, como ônibus, trens e metrô
Transportadoras, oficinas de veículos
Atividades religiosas
Hotéis, pousadas e outros serviços de hotelaria.
Bancos
Pet shops
Veja, abaixo, resumo da mudanças no plano de flexibilização econômica:
A fase vermelha do plano de flexibilização econômica vale aos finais de semana e feriados. Nos dias úteis, a fase vermelha valerá das 20h às 6h.
Nenhuma região poderá ir às fases verde e amarela antes de 8 de fevereiro.
O parâmetro de taxa de ocupação de leitos de UTI na fase vermelha passou de 80 para 75%.
O governo de São Paulo adiou o início das aulas da rede estadual, previsto para o dia 1º de fevereiro, e suspendeu a obrigatoriedade do retorno presencial dos alunos de todas as escolas do estado em regiões nas fases laranja e vermelha.
O governador João Doria disse que, agora, as aulas devem começar no dia 8 de fevereiro. A autorização para as escolas particulares e municipais retornarem às aulas no dia 1º de fevereiro foi mantida.
O secretário da Educação, Rossieli Soares, afirmou que o ano letivo começará de forma híbrida, com aulas tanto em formato presencial quanto à distância. Ele destacou ainda que, apesar de o início das aulas ter sido adiado, as escolas estarão abertas na primeira semana de fevereiro para atender aos alunos e às famílias que desejarem.
"A escola pode e deve abrir. Nós estamos falando aqui de fazer o controle da pandemia. E as escolas não são vetor de aumento da pandemia. E as escolas, as famílias, devem fazer essa reflexão", afirmou o secretário.
O estado de São Paulo pode esgotar sua capacidade de leitos de UTI em 28 dias, caso o ritmo atual de novas internações por Covid-19 se mantenha. Diante desse cenário, as cirurgias eletivas estão canceladas em todos os hospitais públicos e conveniados do estado. Além disso, o Hospital de Campanha de Heliópolis, na capital, será reativado.
O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que o cancelamento das cirurgias eletivas vale para pacientes cujas vidas não dependem do procedimento cirúrgico:
“Estamos cancelando as cirurgias eletivas nos hospitais públicos e conveniados. Aqueles pacientes que precisarem das cirurgias eletivas porque tiverem de alguma forma algum risco para a sua vida, serão sim operados. Mas para aquele indivíduo que possa postergar o procedimento, a equipe médica assim o fará".
Já o governador João Doria, falar sobre o hospital de campanha, disse: “Estamos abrindo 756 novos leitos de UTI em São Paulo e estamos reativando o Hospital de Campanha de Heliópolis para enfrentar essa segunda onda da pandemia em São Paulo e especialmente na Região Metropolitana. Serão reabertos 450 novos leitos de enfermaria e 306 de UTI em hospitais do estado de São Paulo".
"Reabriremos também o hospital de campanha no AME de Heliópolis com 24 leitos de UTI, previsto para iniciar sua operação no dia 25 de fevereiro. Se for possível, abriremos antes."
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