O neurocirugião Guilherme Lepsky explicou os procedimentos adotados pela equipe que atendeu o apresentador em hospital dos Estados Unidos
Dentinho Oliveira/SBT

Em entrevista ao Jornal Nacional desse sábado (23/11/2019), o neurocirurgião Guilherme Lepsky relatou que Gugu chegou vivo a uma unidade de saúde ao contrário dos rumores propagados no dia em que o comunicador sofreu acidente doméstico que provocou sua morte.

“Ele tinha alguma atividade respiratória no início. Não era de início morte encefálica. Acontece que o quadro foi se deteriorando rapidamente”, pontuou Lepsky, que, a pedido da família Liberato, viajou aos Estados Unidos para acompanhar o caso.

O neurologista esclareceu que, antes da declaração da morte do comunicador, foram seguidos protocolos clínicos obrigatórios pela equipe dos Estados Unidos: “Uma coisa é a avaliação da gravidade neurológica no momento em que o paciente entra: ‘Ah, é grave, não é grave, vamos ou não vamos fazer algo’”, explicou. “Outra coisa é o diagnóstico de morte encefálica”, completou.

No caso de Gugu, a equipe clínica constatou uma fratura na têmpora direita e classificou o apresentador como paciente de nível 3 na escala de Glasglow – que monitora a atividade cerebral e varia de 0 a 15. O número 3 já indica nível de atividade cerebral baixíssimo, mas existente. No caso dele, algum nível de função respiratória estava mantida, afirmou o médico ao JN.

Nas seis horas seguintes à entrada de Gugu no hospital, outros testes foram feitos e mostraram que o quadro clínico estava evoluindo para a morte cerebral. Apesar de não ser obrigatório noS EUA, um exame de angiografia foi realizado e detectou que não havia mais fluxo de sangue para o cérebro. Como era desejo do apresentador, seus órgãos serão doados e, de acordo com a equipe americana, beneficiarão até 50 pessoas.


Os filhos do apresentador - João, Marina e Sofia - estavam em casa no momento do acidente

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