Ao todo, dez municípios do litoral de Pernambuco foram atingidos pela substância desde o dia 17 de outubro. Equipes de limpeza retomaram trabalho pela manhã em diferentes praias.
Fragmentos de óleo foram encontrados em mais praias de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, nesta sexta-feira (25) — Foto: Reprodução/TV Globo
O óleo que invadiu as praias do Nordeste chegou, nesta sexta-feira (25), às praia de Candeias e Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Também há registro de pequenos fragmentos na Praia do Sossego, em Itamaracá. Em outras praias, equipes retomaram logo cedo o trabalho de retirar resíduos da substância das areais.
No Cabo de Santo Agostinho, vizinho a Jaboatão, o trabalho de limpeza permaneceu sendo feito em praias como a de Itapuama, onde voluntários trabalhavam junto com funcionários do município. Depois do registro de 19 notificações de casos de intoxicação, as equipes trabalham com o corpo coberto.
Grupos que fazem limpeza das praias reforçam equipamentos para tirar óleo da Praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho — Foto: Clarissa Góes/TV Globo
De acordo com as prefeituras de Jaboatão dos Guararapes e Itamaracá, a substância apareceu em pequenos fragmentos desde o início da manhã. Pouco antes das 10, os materiais já haviam sido limpos, segundo a assessorias de comunicação dos municípios.
A praia de Barra de Jangada e a Ilha do Amor, em Jaboatão, também haviam sido atingidas anteriormente. Em Itamaracá, o registro havia sido feito nas praias de Jaguaribe e do Pilar.
Animais são recolhidos em meio ao óleo no Cabo de Santo Agostinho — Foto: Clarissa Góes/TV Globo
No Cabo de Santo Agostinho, nesta sexta-feira (25), o trabalho de limpeza também ocorreu, desde o começo da manhã, em praias como a de Itapuama por profissionais da prefeitura e por voluntários no início da manhã. Os militares chegaram por volta das 9h30.
"Não dá para ficar em casa a gente tem que se unir e limpar a praia. Moro aqui há 18 anos, meu filho é surfista profissional, e não posso deixar a praia desse jeito", contou a voluntária Glauce, que vende alimentos no litoral.
No Cabo de Santo Agostinho, nesta sexta-feira (25), o trabalho de limpeza também ocorreu, desde o começo da manhã, em praias como a de Itapuama por profissionais da prefeitura e por voluntários no início da manhã. Os militares chegaram por volta das 9h30.
"Não dá para ficar em casa a gente tem que se unir e limpar a praia. Moro aqui há 18 anos, meu filho é surfista profissional, e não posso deixar a praia desse jeito", contou a voluntária Glauce, que vende alimentos no litoral.
Em São José da Coroa Grande e em Ipojuca, outras 19 pessoas socorridas com sintomas de intoxicação devem ser acompanhadas pela Secretaria Estadual de Saúde, segundo boletim divulgado na quina (24).
Balanço
Desde o dia 17 de outubro até esta sexta (25), dez municípios pernambucanos tiveram praias manchadas pelo óleo. Até a quinta (24), foram 1.358 toneladas de resíduo retiradas do estado, segundo balanço divulgado pelo governo. Confira quais os municípios tiveram praias atingidas:
São José da Coroa Grande
Barreiros
Tamandaré
Sirinhaém
Rio Formoso
Ipojuca
Cabo de Santo Agostinho
Jaboatão dos Guararapes
Paulista
Itamaracá
Análises e pesquisas
Mergulhador faz monitoramento nos recifes de corais de Tamandaré após chegada de óleo no litoral pernambucano — Foto: Reprodução/TV Globo
O petróleo cru, substância que foi encontrada nas praias do Nordeste, é o óleo bruto, produzido diretamente no reservatório geológico e posteriormente escoado para uma refinaria. Ele precisa ser processado para dar origem a subprodutos comerciais como gasolina, querosene, óleo diesel e lubrificantes.
Depois da coleta da água das praias atingidas pelo óleo no litoral pernambucano, a Agência Estadual do Meio Ambiente deve divulgar resultados em novembro. "Os resultados do benzeno e dos hidrocarbonetos serão entregues em 15 dias na parceria que a CPRH fez com a UFPE", disse o diretor de Controle de Fontes Poluidoras da CPRH, Eduardo Elvino.
Em Tamandaré e em Ipojuca, mergulhadores buscaram fazer um "pente-fino" para retirar resquícios de óleo do fundo do mar e também avaliam o impacto do desastre para os recifes de corais nas áreas de proteção ambiental. Os estudiosos buscam entender como o óleo vai afetar as espécies a curto e longo prazos.
Ações do governo
Na terça (22), o Exército recebeu autorização para atuar na limpeza das praias do Nordeste. No mesmo dia, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, afirmou, durante visita a Pernambuco, que "não julgava ser necessário" deslocar a mão de obra militar para fazer o recolhimento do material.
Antes de Azevedo, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também esteve no estado e afirmou que o momento de aprofundar as causas do acidente com óleo no Nordeste seria 'lá na frente'. Na quinta (24), em Sergipe, Salles afirmou que a ONG Greenpeace 'tem que se explicar por ter um navio perto do litoral quando as manchas de óleo surgiram.
g1.globo.com/pe
Fragmentos de óleo foram encontrados em mais praias de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, nesta sexta-feira (25) — Foto: Reprodução/TV Globo
No Cabo de Santo Agostinho, vizinho a Jaboatão, o trabalho de limpeza permaneceu sendo feito em praias como a de Itapuama, onde voluntários trabalhavam junto com funcionários do município. Depois do registro de 19 notificações de casos de intoxicação, as equipes trabalham com o corpo coberto.
Grupos que fazem limpeza das praias reforçam equipamentos para tirar óleo da Praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho — Foto: Clarissa Góes/TV Globo
De acordo com as prefeituras de Jaboatão dos Guararapes e Itamaracá, a substância apareceu em pequenos fragmentos desde o início da manhã. Pouco antes das 10, os materiais já haviam sido limpos, segundo a assessorias de comunicação dos municípios.
A praia de Barra de Jangada e a Ilha do Amor, em Jaboatão, também haviam sido atingidas anteriormente. Em Itamaracá, o registro havia sido feito nas praias de Jaguaribe e do Pilar.
Animais são recolhidos em meio ao óleo no Cabo de Santo Agostinho — Foto: Clarissa Góes/TV Globo
No Cabo de Santo Agostinho, nesta sexta-feira (25), o trabalho de limpeza também ocorreu, desde o começo da manhã, em praias como a de Itapuama por profissionais da prefeitura e por voluntários no início da manhã. Os militares chegaram por volta das 9h30.
"Não dá para ficar em casa a gente tem que se unir e limpar a praia. Moro aqui há 18 anos, meu filho é surfista profissional, e não posso deixar a praia desse jeito", contou a voluntária Glauce, que vende alimentos no litoral.
"Não dá para ficar em casa a gente tem que se unir e limpar a praia. Moro aqui há 18 anos, meu filho é surfista profissional, e não posso deixar a praia desse jeito", contou a voluntária Glauce, que vende alimentos no litoral.
Em São José da Coroa Grande e em Ipojuca, outras 19 pessoas socorridas com sintomas de intoxicação devem ser acompanhadas pela Secretaria Estadual de Saúde, segundo boletim divulgado na quina (24).
Desde o dia 17 de outubro até esta sexta (25), dez municípios pernambucanos tiveram praias manchadas pelo óleo. Até a quinta (24), foram 1.358 toneladas de resíduo retiradas do estado, segundo balanço divulgado pelo governo. Confira quais os municípios tiveram praias atingidas:
São José da Coroa Grande
Barreiros
Tamandaré
Sirinhaém
Rio Formoso
Ipojuca
Cabo de Santo Agostinho
Jaboatão dos Guararapes
Paulista
Itamaracá
Análises e pesquisas
Mergulhador faz monitoramento nos recifes de corais de Tamandaré após chegada de óleo no litoral pernambucano — Foto: Reprodução/TV Globo
O petróleo cru, substância que foi encontrada nas praias do Nordeste, é o óleo bruto, produzido diretamente no reservatório geológico e posteriormente escoado para uma refinaria. Ele precisa ser processado para dar origem a subprodutos comerciais como gasolina, querosene, óleo diesel e lubrificantes.
Depois da coleta da água das praias atingidas pelo óleo no litoral pernambucano, a Agência Estadual do Meio Ambiente deve divulgar resultados em novembro. "Os resultados do benzeno e dos hidrocarbonetos serão entregues em 15 dias na parceria que a CPRH fez com a UFPE", disse o diretor de Controle de Fontes Poluidoras da CPRH, Eduardo Elvino.
Ações do governo
Na terça (22), o Exército recebeu autorização para atuar na limpeza das praias do Nordeste. No mesmo dia, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, afirmou, durante visita a Pernambuco, que "não julgava ser necessário" deslocar a mão de obra militar para fazer o recolhimento do material.
Antes de Azevedo, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também esteve no estado e afirmou que o momento de aprofundar as causas do acidente com óleo no Nordeste seria 'lá na frente'. Na quinta (24), em Sergipe, Salles afirmou que a ONG Greenpeace 'tem que se explicar por ter um navio perto do litoral quando as manchas de óleo surgiram.
g1.globo.com/pe
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