Segundo a Polícia Civil, Fábio Lourenço da Silva, de 35 anos, tem histórico de agressões físicas e verbais contra a vítima do feminicídio e contra uma ex-companheira.
Rua onde ocorreu o femincídio fica em Água Fria, na Zona Norte do Recife — Foto: Reprodução/Google Street View
O homem que foi preso após matar a mulher, jogando a vítima da sacada do apartamento onde o casal morava, no Recife, tem histórico de violência doméstica e passagem pela polícia. Segundo a corporação, Fábio Lourenço da Silva, de 35 anos, atuado pelo feminicídio de Márcia Araújo da Silva, de 44 anos, chegou a ser indiciado, em 2018, após crimes relatados por uma ex-companheira.
A morte de Márcia ocorreu na madrugada da segunda-feira (24), no bairro de Água Fria, na Zona Norte da capital pernambucana. Ao dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Descoberta, na mesma região, a vítima conseguiu informar que tinha sido jogada da sacada pelo companheiro, de acordo com a polícia.
Segundo a corporação, Fábio está preso no Centro de Triagem e Observação Criminológica (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Segundo o Tribunal de Justiça (TJPE), o flagrante dele foi convertido em prisão preventiva, em audiência de custódia realizada na segunda-feira (24).
Nesta quarta-feira (26), a polícia realizou uma entrevista coletiva, no Recife, para detalhar o caso e falar sobre o histórico de violência doméstica de Fábio.
“Uma ex-companheira prestou queixa contra ele por ameaça, injúria e violação de domicílio. Márcia também foi vítima de um ciclo de agressões físicas e verbais”, afirma a delegada Ana Elisa Sobreira, que atua na Delegacia da Mulher do Recife.
Na coletiva, o delegado Sérgio Ricardo ressaltou que Márcia chegou a relatar a parentes que Fábio quebrou o braço dela depois de uma briga.
Policiasi civis detalharam crime ocorrido na Zona Norte do recife e falaram sobre histórico de agressões do homem que foi preso — Foto: Polícia Civil/Divulgação
“Ela não costumava admitir que era vítima do companheiro. Quando bebia, no entanto, dizia aos parentes que ele tinha praticado agressões. Quando perguntavam o que tinha acontecido, ala afirmava que havia sofrido um acidente de moto”, declara.
A delegada Ana Elisa Sobreira acrescentou que Márcia também chegou a afirmar que já tinha sido agredida com um capacete.
“Ela teve uma oportunidade de procurar ajuda para quebrar esse ciclo de violências física e verbal. Infelizmente, o caso chegou ao ponto em que a gente mais teme, que é o feminicídio”, diz.
Segundo a delegada, é preciso entender as atitudes das mulheres que vivem em ciclos de violência doméstica. “Não podemos julgar. É preciso ajudar e mostrar que existem exemplos de mulheres que conseguiram superar isso”, afirma.
Vítima do feminicídio foi levada à UPA de Nova Descoberta, no Recife — Foto: Reprodução/Google Street View
Crime
Durante a coletiva, a polícia detalhou como aconteceu o feminicídio no apartamento localizado na Rua Aníbal Benévolo. O delegado Sérgio Ricardo afirmou que o crime teve um motivo banal.
“Fábio e um irmão dele estavam bebendo no apartamento e consumindo maconha também. O agressor ficou com raiva no momento em que a vítima pediu ajuda ao irmão dele para comprar mais bebidas”, diz.
Por causa disso, afirma o policial, começou uma discussão, que terminou com agressões físicas. “Houve arremesso de garrafas e quebradeira de móveis”, declara.
O delegado Sérgio Ricardo disse, ainda, que depois de jogar a mulher da sacada, Fábio e o irmão foram para outro local e continuaram bebendo.
Quando eles voltaram para o local do crime, a vítima estava sendo socorrida. Ela chegou a ser levada para uma unidade de saúde, mas morreu”, afirma.
Prisão
De acordo com a polícia, Fábio Lourenço foi preso cerca de duas horas depois do crime, na casa da mãe dele. “Passamos uma hora e meia procurando Fábio. Na prisão, ele mostrou ser frio e dissimulado, chorou e negou o crime”, diz o delegado.
Sérgio Ricardo contou também que o próprio irmão de Fábio, ao ser ouvido de forma separada, informou aos agentes que o agressor teria admitido a ele que “tinha feito uma besteira”.
“Ele chegou a dizer que a mulher tinha se jogado, mas o irmão deu outras informações e negou essa versão”, declara o delgado.
Estatísticas
De janeiro a maio de 2019, foram 19 feminicídios contabilizados em todo o estado, de acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS). Esse tipo de crime ocorre quando a vítima é morta pelo fato de ser mulher.
Um dos casos recentes ocorreu em 25 de maio, quando um policial militar de 46 anos foi preso pelo feminicídio da esposa, de 42 anos, em uma academia de ginástica no Janga, em Paulista, no Grande Recife.
Cleodenice Maria da Silva foi atingida por tiros e foi levada a uma unidade de saúde por alunos da academia, que estava aberta no momento do crime. A vítima, no entanto, não resistiu aos ferimentos. Fonte: g1.globo.com/pe/pernambuco
Rua onde ocorreu o femincídio fica em Água Fria, na Zona Norte do Recife — Foto: Reprodução/Google Street View
O homem que foi preso após matar a mulher, jogando a vítima da sacada do apartamento onde o casal morava, no Recife, tem histórico de violência doméstica e passagem pela polícia. Segundo a corporação, Fábio Lourenço da Silva, de 35 anos, atuado pelo feminicídio de Márcia Araújo da Silva, de 44 anos, chegou a ser indiciado, em 2018, após crimes relatados por uma ex-companheira.
A morte de Márcia ocorreu na madrugada da segunda-feira (24), no bairro de Água Fria, na Zona Norte da capital pernambucana. Ao dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Descoberta, na mesma região, a vítima conseguiu informar que tinha sido jogada da sacada pelo companheiro, de acordo com a polícia.
Segundo a corporação, Fábio está preso no Centro de Triagem e Observação Criminológica (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Segundo o Tribunal de Justiça (TJPE), o flagrante dele foi convertido em prisão preventiva, em audiência de custódia realizada na segunda-feira (24).
Nesta quarta-feira (26), a polícia realizou uma entrevista coletiva, no Recife, para detalhar o caso e falar sobre o histórico de violência doméstica de Fábio.
“Uma ex-companheira prestou queixa contra ele por ameaça, injúria e violação de domicílio. Márcia também foi vítima de um ciclo de agressões físicas e verbais”, afirma a delegada Ana Elisa Sobreira, que atua na Delegacia da Mulher do Recife.
Policiasi civis detalharam crime ocorrido na Zona Norte do recife e falaram sobre histórico de agressões do homem que foi preso — Foto: Polícia Civil/Divulgação
“Ela não costumava admitir que era vítima do companheiro. Quando bebia, no entanto, dizia aos parentes que ele tinha praticado agressões. Quando perguntavam o que tinha acontecido, ala afirmava que havia sofrido um acidente de moto”, declara.
A delegada Ana Elisa Sobreira acrescentou que Márcia também chegou a afirmar que já tinha sido agredida com um capacete.
“Ela teve uma oportunidade de procurar ajuda para quebrar esse ciclo de violências física e verbal. Infelizmente, o caso chegou ao ponto em que a gente mais teme, que é o feminicídio”, diz.
Segundo a delegada, é preciso entender as atitudes das mulheres que vivem em ciclos de violência doméstica. “Não podemos julgar. É preciso ajudar e mostrar que existem exemplos de mulheres que conseguiram superar isso”, afirma.
Vítima do feminicídio foi levada à UPA de Nova Descoberta, no Recife — Foto: Reprodução/Google Street View
Crime
Durante a coletiva, a polícia detalhou como aconteceu o feminicídio no apartamento localizado na Rua Aníbal Benévolo. O delegado Sérgio Ricardo afirmou que o crime teve um motivo banal.
“Fábio e um irmão dele estavam bebendo no apartamento e consumindo maconha também. O agressor ficou com raiva no momento em que a vítima pediu ajuda ao irmão dele para comprar mais bebidas”, diz.
Por causa disso, afirma o policial, começou uma discussão, que terminou com agressões físicas. “Houve arremesso de garrafas e quebradeira de móveis”, declara.
O delegado Sérgio Ricardo disse, ainda, que depois de jogar a mulher da sacada, Fábio e o irmão foram para outro local e continuaram bebendo.
Quando eles voltaram para o local do crime, a vítima estava sendo socorrida. Ela chegou a ser levada para uma unidade de saúde, mas morreu”, afirma.
Prisão
De acordo com a polícia, Fábio Lourenço foi preso cerca de duas horas depois do crime, na casa da mãe dele. “Passamos uma hora e meia procurando Fábio. Na prisão, ele mostrou ser frio e dissimulado, chorou e negou o crime”, diz o delegado.
Sérgio Ricardo contou também que o próprio irmão de Fábio, ao ser ouvido de forma separada, informou aos agentes que o agressor teria admitido a ele que “tinha feito uma besteira”.
“Ele chegou a dizer que a mulher tinha se jogado, mas o irmão deu outras informações e negou essa versão”, declara o delgado.
Estatísticas
De janeiro a maio de 2019, foram 19 feminicídios contabilizados em todo o estado, de acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS). Esse tipo de crime ocorre quando a vítima é morta pelo fato de ser mulher.
Um dos casos recentes ocorreu em 25 de maio, quando um policial militar de 46 anos foi preso pelo feminicídio da esposa, de 42 anos, em uma academia de ginástica no Janga, em Paulista, no Grande Recife.
Cleodenice Maria da Silva foi atingida por tiros e foi levada a uma unidade de saúde por alunos da academia, que estava aberta no momento do crime. A vítima, no entanto, não resistiu aos ferimentos. Fonte: g1.globo.com/pe/pernambuco
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