Mulher foi encontrada morta pelo filho, em Taguatinga, com uma sacola plástica na cabeça e um cabo USB amarrado ao pescoço
ISTOCK/Foto ilustrativa

A reclassificação de um crime inicialmente registrado como suicídio pode aumentar para 14 o número de feminicídios cometidos, em 2019, no Distrito Federal. Em 29 de março, uma mulher foi encontrada morta, em casa, na QNL 1, Bloco H, em Taguatinga. Ela estava com uma sacola plástica na cabeça e um cabo USB amarrado ao pescoço.

Com a mudança da linha de investigação, tanto a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) quanto a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) consideram a possibilidade de o assassinato ter sido cometido no contexto de violência doméstica.


No dia da morte, o filho da vítima chegou em casa após cumprir a jornada de trabalho no Hospital de Base. Ele deparou-se com a mãe de bruços, falecida sobre a cama, com a cabeça e rosto cobertos por uma sacola plástica e um carregador de celular enrolado ao pescoço.
O filho começou a gritar por socorro, até que um vizinho chegou em seu auxílio. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e os militares chegaram a submeter a vítima a procedimentos de reanimação, mas ela não respondeu e o óbito foi constatado no local. Apesar da asfixia, não havia sinais de que a mulher tivesse sido agredida.

Mãe e filho moravam juntos na casa, em Taguatinga, e ela passava os dias e tardes sozinha, enquanto o rapaz saía para trabalhar. O último contato entre os dois foi às 11h na data do possível crime. Segundo o boletim de ocorrência, a morte teria ocorrido entre as 17h e as 19h30.

De acordo com o registro na 17ª Delegacia de Polícia, o celular, um molho de chaves e o controle remoto do portão eletrônico da vítima não foram localizados. A mulher sofria de problemas no coração e fazia uso contínuo de medicamentos, incluindo antidepressivos. O nome e idade da vítima não foram revelados.

Conheça as 13 vítimas de feminicídio na capital federal em 2019:

Patrícia Alice de Souza, 23
Patrícia morreu com um tiro nas costas disparado pelo ex-companheiro, em 4 de janeiro. Inicialmente, o óbito foi registrado como homicídio, mas, com o avanço das investigações, ficou demonstrado que a jovem havia sido assassinada pelo ex-namorado.

Três pessoas foram acusadas de participação no crime. Segundo o delegado responsável pelo caso, Laércio Carvalho, da 35ª DP (Sobradinho II), os criminosos atraíram a vítima para um local ermo, na Fercal, e atiraram três vezes contra ela.

Vanilma Martins dos Santos, 30

Vanilma foi morta na madrugada de 5 de janeiro pelas mãos do homem com quem era casada há 10 anos. O casal tinha um filho pequeno, de 3 anos. Tudo teve início com uma discussão que culminaria no assassinato da mulher. Dentro da casa da família, na Quadra 8 do Gama Oeste, Tiago desferiu uma facada no peito de Vanilma. Ele chegou a socorrê-la, mas a mulher não resistiu.
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Vanilma é lembrada como uma pessoa amável e tranquila. Tinha como o centro de sua vida o filho, de quem cuidava exclusivamente. Por ter tido dificuldades para engravidar, contam familiares, a chegada do menino sempre foi muito desejada por ela.

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