Vítima vivia em união estável com agressor, que a amordaçou com fita adesiva. Ele se entregou à polícia
TV Anhanguera/Reprodução

Um homem de 33 anos foi preso nessa terça-feira (21/05/2019) em Goiás suspeito de espancar a companheira e mantê-la amarrada com fita adesiva por cerca de 36 horas. O crime ocorreu no município de Posse, a cerca de 300km de Brasília.


De acordo com o delegado regional do município goiano, Alexandre Câmara, a vítima, Keilla Carneiro de Carvalho (foto em destaque), 19, vivia com o agressor há cerca de dois anos em união estável. O depoimento da jovem à Polícia Civil de Goiás indica que ela e o acusado, Leandro Sousa Sampaio, tiveram uma discussão em casa na madrugada de quinta-feira, 16 de maio.
Sampaio teria batido a cabeça de Keilla contra o chão várias vezes. Em seguida, por volta de 5h, ele a amarrou e amordaçou com fita adesiva. Após cometer o ato de brutalidade, o homem a deixou ao lado de um guarda-roupas e dormiu.
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Ela foi solta apenas no dia seguinte, às 17h. O suspeito chamou alguns familiares e a própria irmã, enfermeira, para analisar o estado da vítima. Keilla ficou com o rosto inchado e cheio de hematomas. Segue internada, porém, de acordo com o delegado, não corre risco de morrer.

Sampaio se apresentou na delegacia de Alvorada do Norte durante a tarde dessa terça-feira (21/05/2019). Já havia um mandado de prisão preventiva contra ele. A princípio, responderá por lesão corporal e cárcere privado. Alexandre Câmera afirma, porém, que aguarda o laudo para que haja uma reavaliação do caso. É possível que se caracterize uma tentativa de homicídio.


Em 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileira.
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