Peça do órgão aponta que o crime foi cometido por motivo fútil e cruel
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O barbeiro Antônio Alves Pereira, 40 anos, foi denunciado pela Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Paranoá, nesta quinta-feira (16/05/2019), pelo feminicídio da namorada, a comerciante Maria dos Santos Gaudêncio, 53. O corpo da mulher foi encontrado em estágio de putrefação pela filha, na casa em que dividiam, no Itapoã, em 19 de março deste ano, com um ferimento na nuca e marcas de facadas.


Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o homicídio é considerado triplamente qualificado por ter acontecido no contexto de violência doméstica e familiar – suspeito e vítima namoravam havia cerca de dois anos. A promotoria ainda defendeu que o crime foi cometido por motivo fútil e meio cruel.
O acusado ficou foragido entre a data da descoberta do corpo e 28 de março, quando foi localizado em Santa Quitéria (MA), sua cidade natal, e foi trazido para Brasília a fim de prestar depoimento. De acordo com os investigadores da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), ele alegou ter sido atacado pela vítima.

A polícia apontou contradições na versão do homem e afirmou que Antônio tentou alterar a cena do crime. Um dos pontos confusos foi um suposto prêmio na loteria ganho pelo suspeito. Em depoimento, ele afirmou ter feito 14 pontos na Lotofácil, mas ter deixado o bilhete no bolso da calça, lavado a roupa e perdido o comprovante.


Após o crime, ele pediu demissão do emprego, argumentando que havia ganho uma bolada. Chegou a mandar mensagens para o chefe (confira abaixo).
Mensagem encaminhada ao patrao

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Após o crime, carroceiro objeto da casa de Maria

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Delegada Jane Klébia acredita que o crime foi premeditado
“Não temos notícias de ganhador aqui na região com essa quantidade de pontos [14]. Sobre a morte, ele deu versões que não batem com o laudo pericial. Disse que ela o atacou com uma faca e, para se defender, pegou uma madeira que a mulher usava para fazer massagem e acertou um golpe na cabeça da namorada”, apontou, à época, a delegada-chefe da 6ª DP, Jane Klébia.
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