Camila Marques foi detida dentro do campus do Instituto Federal de Goiás (IFG), localizado em Águas Lindas, Entorno do DF
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Uma professora do Instituto Federal de Goiás (IFG) foi detida por policiais civis acusada de desobediência. Coordenadora-geral do Sindicato Nacional do Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e professora do IFG, Camila Marques teria se recusado a cooperar com as investigações policiais sobre uma denúncia informada à corporação de ameaça de atentado.


Procurada pela reportagem, a PCGO informou que agentes da corporação foram até o campus da IFG, localizado em Águas Lindas, Entorno do Distrito Federal, para investigar a denúncia de ameaça de atentado escolar semelhante ao ocorrido em Suzano (SP), registrada pelo diretor da instituição nesse domingo (14/04/19).
Segundo a corporação, o diretor mostrou a sala dos alunos suspeitos e a polícia, então, pediu que a docente acompanhasse a revista nos pertences dos alunos. No entanto, Camila se negou a ajudar e filmou a ação policial.
A professora teria sido advertida por três vezes pelos policiais civis para que não filmasse a abordagem, uma vez que os jovens têm proteção à imagem, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Entretanto, segundo informado pela PCGO, ela desobedeceu a ordem.

Camila, então, recebeu voz de prisão e acabou detida. Por volta das 13h10 desta segunda-feira (15/04/19) assinou Termo Circustanciado de Ocorrência e foi liberada.

De acordo com nota divulgada pelo Sinasefe, a professora teria sido agredida durante a ação policial. Versão desmentida pela corporação goiana que afirmou que a docente foi submetida a relatório médico e raio-x, que “não constataram nenhuma lesão a ela”.

O sindicato disse “estar prestando solidariedade à companheira Camila, lutadora aguerrida e sempre pronta a defender os direitos dos trabalhadores”.
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