Menina morreu depois de ficar quatro dias internada em uma UTI no Hospital Regional de Sobradinho com sinais de maus-tratos
Quatro dias após ter a morte confirmada, a bebê de seis meses que era maltratada pelos pais será enterrada no cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, na tarde desta quarta-feira (7/11). O velório começa às 13h, na capela 8. A liberação do corpo atrasou devido a entraves burocráticos para a nomeação do responsável pela menina. Com os pais presos, o tio da criança Adriano Araújo teve de correr atrás da documentação e autorizações para proceder com os preparativos do sepultamento.
O estado de saúde da pequena Esther verificado quando ela deu entrada no Hospital Regional de Sobradinho (HRS), depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória, chocou o Distrito Federal. Os médicos da unidade encontraram a criança desnutrida, com fraturas antigas já calcificadas e queimaduras no rosto e na região genital.
O pai, Anderson Gustavo de Araújo Barbosa, de 29 anos, e a mãe, Elizana Pereira da Costa, de 23, foram presos em flagrante logo após a equipe médica do HRS constatar os ferimentos e acionar a polícia, em 29 de outubro. No dia seguinte, o juiz Aragonê Fernandes, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), converteu a prisão de ambos em preventiva.
Nas redes sociais, casal agradecia a Deus pelo nasciento do bebê
Pais foram presos e indiciados por feminicídio
“Quando ficava sem paciência, jogava a bebê no chão”. A frase foi dita pela mãe da pequena Esther a uma agente da Polícia Civil no dia em que a acusada foi presa em flagrante suspeita de maus-tratos contra a filha. Os pais da criança tiveram a prisão preventiva decretada e foram indiciados por feminicídio. Se condenados, podem pegar até 30 anos de cadeia.
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