Drama de Ana Beatryz Moura da Silva, 13 anos, que tem cardiopatia congênita, foi mostrado pelo Metrópoles. Ela passa por cirurgia
Após muita angústia, a família de Ana Beatryz Moura da Silva, 13 anos, se encheu de esperança. Nesta sexta-feira (26/10), a menina, que sofre de uma cardiopatia congênita grave, está recebendo um coração novo. O órgão que será transplantado seguiu para o Instituto de Coração do Distrito Federal (ICDF), por volta das 14h.
Ao ver a aeronave dos Bombeiros pousando no ICDF, a mãe de Bia, Patrícia Oliveira Moura, 35, se ajoelhou. Ela disse que a filha estava sendo operada por volta das 16h20. “Recebi a notícia logo cedo, quando a equipe da cirurgia já estava pronta para retirar o coraçãozinho e confirmar a compatibilidade com a minha filha. Eu não acreditei quando soube”, disse.
Segundo ela, a sensação é inexplicável. “Não me aguentei, principalmente quando vi o helicóptero chegar com o órgão doado. Tive que ajoelhar para agradecer. Como foi bom ter essa grande corrente de solidariedade e união para salvar a vida da minha filha. Como é bom acreditar na humanidade, em especial à família doadora, que transformou um momento de imensa dor em amor ao próximo”, ressaltou.
O drama de Beatriz foi mostrado pelo Metrópoles nessa quarta (24). A menina, moradora de Santa Maria, sofre de cardiopatia congênita, com origem ainda no útero materno. Ela já passou por cirurgia, mas está em estado grave no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF).
A doença de Bia, como a garota é carinhosamente chamada por familiares e amigos, foi descoberta quando ela estava com apenas 13 dias de vida. “Recém-nascida, ela passava muito mal, tinha dificuldade em ganhar peso e não mamava. Cansava muito rápido e era pálida. Descobrimos o problema cardíaco em uma consulta no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib)”, relata Patrícia Oliveira Moura.
De acordo com ela, Ana Beatryz passou por vários exames até conseguir uma vaga pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para fazer uma cirurgia no ICDF, referência em cirurgias cardíacas no Distrito Federal.
“O primeiro procedimento ocorreu em 2005, aos 4 meses. A minha bebê ficou com o coração muito debilitado e precisou de suporte de uma máquina chamada Extracorporeal Membrane Oxygenation (ECMO), que funciona como um coração e um pulmão artificiais. À época, ela foi a primeira criança a passar por esse equipamento em toda a Região Centro-Oeste”, detalha Patrícia.
Piora
Depois do procedimento, a garotinha ficou internada por três meses e voltou para casa. Viveu até os dias atuais em tratamento médico e com limitações físicas. Em agosto deste ano, Bia precisou passar novamente por cirurgia, pois o órgão já não suportaria mais as suas condições.
Depois do procedimento, a garotinha ficou internada por três meses e voltou para casa. Viveu até os dias atuais em tratamento médico e com limitações físicas. Em agosto deste ano, Bia precisou passar novamente por cirurgia, pois o órgão já não suportaria mais as suas condições.
O drama da família se agravou ao saber que o órgão não reagiu bem ao procedimento. Com isso, a menina precisou novamente do auxílio do ECMO para sobreviver. “A intervenção ocorreu há exatos dois meses. Depois de sete dias com o suporte da máquina, ela voltou para o quarto e teve alta. Para a nossa surpresa, após 15 dias em casa, ela apresentou uma descompensação cardíaca e tivemos que voltar para a unidade de saúde”, conta a mãe.
Na madrugada do dia 16 de outubro, o estado de saúde da menina piorou, avançando para gravíssimo. Bia teve cinco paradas cardíacas e entrou em coma induzido. Desesperada, a mãe faz um apelo para incentivar a doação do órgão. “Esse é um ato de amor ao próximo, para ajudar quem tanto precisa”, lembra.
Por conta dos últimos acontecimentos, a dona de casa, mãe de outra menina de 10 anos, precisou deixar o trabalho. Agora, ela passa 24 horas por dia no hospital, ao lado da primogênita. “Fico só pensando nela. A Bia é muito querida. Está resistindo bravamente e já é considerada um caso inédito. A equipe está muito empenhada em salvar a vida dela”, diz a mulher.
Colaborou Caio Barbieri
Essa Notícia Venho do Metrópoles.com
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