No DF, o ato começou às 15h, na Rodoviária do Plano Piloto. Movimento planeja manifestações em cerca de 100 cidades do Brasil e do mundo

O movimento Mulheres contra Jair Bolsonaro, que pela hashtag #EleNão reuniu milhões de apoiadores nas redes sociais, faz neste sábado (29/9) protestos contra a candidatura do capitão da reserva à Presidência da República pelo PSL. O movimento planeja manifestações em cerca de 100 cidades do Brasil, além de vários países como Argentina, Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Austrália, Canadá e Inglaterra, entre outros. No Distrito Federal, o ato começou às 15h, na Rodoviária do Plano Piloto.
A Polícia Militar do DF reforçou a tropa no local e fará acompanhamento motorizado, montado, de trânsito e a pé. O grupo deve marchar até a Torre de TV. Quatro faixas do Eixo Monumental foram ocupadas num primeiro momento. Depois, tudo ficou fechado. O trânsito próximo à Rodoviária está congestionado.
Segundo a corporação, por volta das 15h30, cerca de mil pessoas se aglomeravam no gramado entre a Rodoviária e a Torre de TV. Há bandeiras de vários partidos, entre eles PT, PSol, Rede e PSTU. “Nós vamos derrotar esse cara nas ruas”, disse uma mobilizadora no carro de som.
Além das bandeiras, as pessoas foram vestidas em camisetas com frases de protesto, entre elas Lute como uma garota e Ele não. “Decidi participar porque vejo nele [Bolsonaro] um atraso para a nossa sociedade. Não vejo nenhuma esperança nele. Brasil não precisa de herói disfarçado”, disse Sheila de Sousa, corretora de imóveis.



A ideia de criar o grupo nasceu de uma conversa com uma amiga numa noite em que se questionavam sobre o que fazer para alertar a população sobre as ideias de Bolsonaro, que considera “fascistas e machistas”.
Movimento

Uma das administradoras do grupo que ganhou força nas redes sociais contra Bolsonaro, a baiana Ludimilla Teixeira, disse que o momento é de união agora para não chorar depois. Ela contou que nunca participou ativamente do movimento feminista nem se filiou a nenhum partido. Envolveu-se no movimento estudantil durante a faculdade de Publicidade e participou do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, em 2002. Aos 20 anos, foi a primeira vez que saiu da Bahia, lembra, e que teve contato com “discussões políticas fundamentadas”.
Depois que o grupo começou a crescer, representantes de candidatos a procuraram, mas, segundo ela, não houve conversa porque “os partidos não queriam dialogar com o grupo e, sim, meu apoio individual”. “Agradecemos a menção e o apoio de todas as frentes, mas nossa proposta é suprapartidária.”
Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) usaram a hashtag em suas propagandas eleitorais e políticos de vários partidos se programaram para participar dos protestos deste sábado.
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