Armamento calibre .30 foi encontrado em uma favela localizada em Ipojuca, em operação que teve cinco presos.

Fuzil calibre ponto 30 foi apreendido na Favela João de Barros, em Ipojuca, no Grande Recife (Foto: Polícia Civil/Divulgação)


Polícia Civil de Pernambuco apreendeu um fuzil calibre .30 em uma casa localizada em uma comunidade de Ipojuca, no Grande Recife. Na operação, realizada na Favela João de Barros, cinco pessoas foram presas sob acusação de tráfico de drogas e posse de armas. Segundo a polícia, esse fuzil, de alto impacto, é usado em artilharia antiaérea e em assaltos a carros-fortes.

Entre os presos estão três mulheres: Kenia Maria Cardoso dos Santos, de 37 anos, Jeane Betânia de Castro, de 21 anos, e Daniela Albuquerque de Oliveira, de 28 anos.

Além de ser autuada por posse de arma de uso restrito, Kenia foi enquadrada por corrupção de menores, uma vez que o filho dela, de 10 anos, estava na residência usada para esconder drogas e armas. As outras mulheres são investigadas por tráfico.

Também foram presos Clebson Batista da Silva, de 19 anos, e Wemerson Cabral da Silva, 20 anos. Clebson foi autuado por uso de arma de fogo. Com ele, os policiais encontraram uma pistola calibre 380. Wemerson foi enquadrado por tráfico.

Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (20), no Recife, os delgados Nweson Motta e Paulo Jeann, responsáveis pelas investigações, detalharam a operação, ocorrida na quarta-feira (18). De acordo com as investigações, a organização tem ligação com uma facção criminosa do Rio de Janeiro.


Policiais retiraram blocos de concreto colocados por bandidos em favela de Ipojuca, no Grande Recife (Foto: Polícia Civil/Divulgação)


Motta revelou que ao entrar na comunidade, a polícia se deparou com blocos de concreto bloqueando as vias. Para a polícia, esse é um artifício usado pelos bandidos para dificultar as ações na favela.

“Recebemos a informação de que a quadrilha tinha esse fuzil e fomos diretamente até a casa de Kenia. Cumprimos o mandado de prisão expedido pela Justiça e ela indicou que os seguranças da organização estavam na residência ao lado, onde fizemos as outras prisões”, resumiu o delegado.

Os agentes recolheram balanças para pesar drogas, embalagens, toucas e cachimbos usados para fumar crack, além de nove celulares e punhais. “Ainda estamos investigando para saber se existem outros integrantes na quadrilha”, informou o delgado Paulo Jeann.


A polícia investiga também se essa quadrilha desarticulada tem relação com assassinatos ocorridos em Ipojuca e na região.

g1.globo.com/pe/pernambuco