Ao todo, o magistrado agendou 49 interrogatórios de testemunhas de Lula
Foto: AFP /ANDRESSA ANHOLETE
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva arrolou como
testemunhas de defesa na ação penal envolvendo o sítio de Atibaia, seu
antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e sua sucessora, Dilma Rousseff.
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz a ação penal contra Lula - denunciado
pela força-tarefa da Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro - marcou as datas dos depoimentos nesta quinta-feira, 8. Ao todo, o
magistrado agendou 49 interrogatórios de testemunhas de Lula.
Dilma está intimada a prestar esclarecimentos por meio de
videoconferência de Porto Alegre no dia 25 de junho. Já FHC vai falar a Moro no
dia 28 de maio. Entre as testemunhas de Lula, estão outros quadros do PT, como
o ex-ministro de seu governo e de Dilma, Ricardo Berzoini, o ex-ministro
Jacques Wagner, e das ex-ministras Miriam Belchior e Ideli Salvatti.
O caso do sítio representa a terceira denúncia contra Lula
no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo a acusação, as empreiteiras Odebrecht,
OAS e Schahin, e o pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em
obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a Petrobrás.
A denúncia inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos
da empreiteira e aliados do ex-presidente, até seu compadre, o advogado Roberto
Teixeira. O imóvel foi comprado no final de 2010, quando Lula deixava a
Presidência, e está registrado em nome de dois sócios dos filhos do
ex-presidente, Fernando Bittar - filho do amigo e ex-prefeito petista de
Campinas Jacó Bittar - e Jonas Suassuna. A Lava Jato sustenta que o sítio é de
Lula, que nega.
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