Distrital afirma que o GDF “piorou” o projeto aprovado no fim do ano passado, que institui escolha popular de gestores para administrações
O clima na Câmara Legislativa está quente na tarde desta
terça-feira (20/2). Após encaminhar um
projeto de eleições diretas para administradores regionais, o governador
Rodrigo Rollemberg (PSB) está sendo atacado em plenário.
Um dos que subiu à tribuna foi o deputado distrital Chico
Vigilante (PT). Ele acusou Rollemberg de plagiar o projeto de autoria do
petista, que prevê eleições para administradores das administrações regionais.
Segundo o parlamentar, a cópia do chefe do Executivo deveria ter mencionado a
autoria original da proposta.
Rollemberg deveria ter ao menos citado meu nome. Minha
equipe de trabalho pesquisou e chegou a um resultado aprovado pela Casa. Além
disso, ele piorou o meu projeto, colocando as eleições só para 2022 e obrigando
os candidatos a se filiarem. É um absurdo"
Chico Vigilante
O líder do governo, Agaciel Maia (PR), tentou amenizar a
situação e insistiu na inconstitucionalidade da proposta. “Chico, tudo que é
bom e que venha de uma pessoa inteligente, como Vossa Excelência, tem que ser
copiado mesmo. O projeto do governador ainda precisa ser analisado com mais
atenção antes de ser aprovado”, amenizou.
Outros quatro deputados também criticaram o projeto do
governador Rollemberg. Entre eles, Wasny de Roure (PT), Celina Leão (PPS) e
Bispo Renato Andrade (PR).
Vetos
Na tarde desta terça-feira (20), a Câmara Legislativa vai
analisar vetos do governador, entre eles, o que trata das eleições para
administradores regionais. A proposta de Vigilante foi aprovada em dezembro do
ano passado e o governador a vetou.
Na segunda (19), Rollemberg encaminhou uma proposta com
algumas diferenças em relação à do petista. A principal delas é a realização da
escolha daqui a quatro anos, ou seja, só em 2022. Dessa forma, mesmo que o socialista
for reeleito vai poder indicar os administradores na próxima gestão.
Mas caso os distritais derrubem o veto e não aprovem o texto
palaciano, a norma que entra em vigor é a de Vigilante. Nesse caso, os
governadores seriam obrigados a concluir todo o processo de eleição para as
administrações em até três meses após a posse. Ou seja, o próximo chefe do
Executivo teria até o fim de março de 2019 para promover o pleito.
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