Nesta quarta (14), clima de saudade imperou entre os pernambucanos e turistas que alugaram casas na Cidade Alta.
Ana Grazielly, com o filho nos braços, deixou a Cidade Alta de Olinda nesta Quarta-Feira de Cinzas (Foto: Marina Meireles/G1)
Uma cena se repetiu ao longo da manhã desta Quarta-feira de Cinzas (14), nas ladeiras do Sítio Histórico de Olinda. Malas, colchões e objetos dos foliões foram colocados, aos poucos, para fora das casas alugadas na Cidade Alta. Com o fim do carnaval, pernambucanos e turistas de todas as partes se despediram do foco da folia, em clima de saudade.
Pela primeira vez no carnaval de Pernambuco, a alagoana Poliana Moura só tem elogios para a folia. "Meus amigos sempre falaram muito bem do carnaval daqui e eu tive curiosidade de conhecer o frevo e o Galo da Madrugada, no Recife. Quero que essa seja a primeira de muitas vezes", afirmou.
Ela estava triste por ter chegado a hora de fazer as malas. Durante a festa, Poliana dividiu uma residência com 12 amigos.
Poliana retirou malas e o ventilador da casa alugada no Sítio Histórico de Olinda (Foto: Marina Meireles/G1)
Até mesmo para quem é pernambucano, o fim da estada em um dos principais polos da folia do estado provoca tristeza. "Moro em Enseada dos Corais (Cabo), mas a sensação de estar aqui em Olinda é muito boa. A gente se integra já no primeiro dia", afirmou o projetista Marcos Gouveia.
Ele dividiu uma casa no Sítio Histórico com foliões do Paraná, da Paraíba e de São Paulo. "Dá uma saudade da peste", brincou, enquanto deixava Olinda.
O clima de Carnaval também deixou saudades para a família de Anna Grazielly Araújo. Ela saiu de Jardim Atlântico, em Olinda, para se hospedar em uma casa na Ladeira da Misericórdia, uma das mais famosas do Sítio Histórico.
"Aqui tinha gente de todo canto, do Maranhão, do Ceará, da Bahia e de Alagoas. Com a gente, a folia passa de geração em geração", informou, segurando nos braços o filho Kalil, de um ano e quatro meses.
Para ela, deixar a casa localizada perto dos Quatro Cantos, um dos principais corredores da folia em Olinda, é sinônimo de tristeza. "Só de falar em ir embora, já dá um arrepio", comenta, ansiosa pelo próximo carnaval.
g1.globo.com/pe/pernambuco
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