Dos 27.616 endereços da cidade, 12.037 têm alguma restrição. Em 5.568 deles, os carteiros não vão de jeito nenhum




Sob intervenção federal na segurança pública desde sexta-feira (16/2), o Rio de Janeiro tem, na criminalidade, um obstáculo ao trabalho dos Correios. Dos 27.616 endereços da cidade, 12.037, ou 43,6%, enfrentam alguma restrição para a entrega de produtos. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.
Os Correios afirmam que têm se esforçado para tentar reduzir os ataques à empresa e aos funcionários, mas o “ambiente de violência na capital fluminense afeta toda a cadeia produtiva do estado e causa impacto ao cliente final”.
Há restrição na entrega em 6.469 CEPs. Nesses lugares, a empresa só chega com escolta armada, o que acaba ampliando os prazos para recebimento de produtos. Em 5.568 endereços, os carteiros não levam produtos de maneira nenhuma, obrigando os clientes a buscarem encomendas em unidades da estatal.
A situação é tão grave que há restrições na entrega em praticamente todas as regiões do Rio. Na zona norte, por exemplo, estão bairros com veto em 100% dos endereços, como Acari, Anchieta, Colégio e Costa Barros.
Nas áreas nobres da cidades, o problema é bem menor, mas, ainda assim, bairros como Botafogo, Ipanema e Copacabana têm pontos sem acesso dos carteiros.
Segundo os Correios, cerca de R$ 20 milhões foram investidos em escolta armada, rastreadores e gerenciamento de risco. As áreas com restrições são definidas pela segurança da empresa, com mapa de risco fornecido por órgãos do estado.
metropoles.com