PGR apresenta segunda denúncia contra Temer
A PGR (Procuradoria Geral da República) apresentou denúncia
contra o presidente Michel Temer de organização criminosa nesta quinta-feira
(14). Além de Temer, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também
denunciou integrantes do "PMDB na Câmara": o ex-presidentes da Câmara
Eduardo Cunha e Henrique Alves, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o ex-deputado
e ex-assessor Rodrigo Loures, além dos ministros Eliseu Padilha e Moreira
Franco.
Como Temer possui foro privilegiado, o STF (Supremo Tribunal
Federal) é o responsável por aceitar ou não a denúncia. O Supremo aciona a
Câmara dos Deputados para que comecem as votações sobre o prosseguimento da
denúncia. O texto é encaminhado para a CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça), que irá analisar pedido de Janot.
Assim que a denúncia chega até a CCJ, os parlamentares do
conselho têm até cinco sessões para discutirem sobre o assunto. Os
parlamentares do conselho realizam uma votação para determinar o teor do
relatório que será encaminhado para a Câmara dos Deputados. O relator, que é
designado pelo presidente do CCJ, produz um parecer sobre a denúncia. Este pode
ser favorável ou contrário à denúncia de Temer.
O relatório produzido na CCJ segue para a Câmara dos
Deputados, onde é incluído na pauta de votações. Os parlamentares devem
manifestar se são favoráveis ou contrários ao texto produzido pela Comissão por
meio do voto aberto. Na primeira denúncia contra Temer, que o acusava de
recebimento de propina de R$ 500 mil de Ricardo Saud, os deputados decidiram pelo
arquivamento da denúncia, também apresentada pela PGR.
Caso aprovada, a denúncia segue para o Supremo, onde haverá
nova votação. Os onze ministros do Supremo votam para decidir se Temer virá réu
— o que provocaria afastamento do presidente do cargo por 180 dias. Durante
este prazo, o STF deve terminar as investigações do processo e, se condenar o
presidente, este deixa o cargo. Caso a denúncia não seja aprovada pelos
deputados, o STF fica impedido de dar continuidade às investigações contra
Temer, que continua como presidente da República.
noticias.r7.com
0 Comentários
A sua mensagem foi recebida com sucesso!