Sessão terminou por volta das 2h30 da madrugada com nove votos favoráveis ao impeachment, e um contrário. Vice foi empossado logo em seguida.
Câmara de Vereadores de Montenegro, na Região Metropolitana
de Porto Alegre, cassou na madrugada desta quinta-feira (14) o mandato do
prefeito da cidade Luiz Américo Aldana (PSB), conhecido como Paraguaio.
Ele foi julgado por denúncia de dois eleitores que o
acusavam de supostas infrações político-administrativas, como o direcionamento
e superfaturamento do serviço de transporte escolar da cidade.
A sessão durou mais de 18 horas, e o resultado saiu 2h30 da
madrugada. Por nove votos a um, os vereadores aprovaram o pedido de
impeachment. Logo em seguida foi empossado o vice-prefeito, Carlos Eduardo
Müller, do Solidariedade.
No dia 6 de junho o Ministério Público cumpriu mandados de
busca e apreensão na Prefeitura de Montenegro, além de vistorias em empresas e
casas. O objetivo era investigar um grupo de cerca de 15 pessoas suspeitas de
integrar organização criminosa que cometia fraudes em licitações em contratos
públicos e em aditivos contratuais.
No dia 9 de agosto o prefeito Luiz Aldana foi notificado
sobre o afastamento determinado pela Justiça pelo prazo de 180 dias. O mandado
de afastamento cautelar foi determinado a pedido do Ministério Público. Foi
determinada ainda a prisão de um empresário naquela data.
De acordo com o MP, o prefeito é suspeito de integrar uma
organização criminosa que fraudava licitações e aditivos de contratos para o
transporte escolar, serviços de terraplanagem e drenagem, revitalização de
ruas, obras de recapeamento, capina e varrição.
No dia em que foi notificado do afastamento, o o advogado
Luiz Simões Pires, que representa Luiz Américo Aldana, disse que os documentos
analisados pela defesa não comprovavam a participação do prefeito em atos
ilícitos, o que tenha participação em quadrilha. Pires afirmou que existe uma
tentativa de cassar o prefeito no "subterrâneo político".
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