Joesley e Saud estão presos desde o último domingo
Executivos seriam libertados à meia-noite desta sexta-feira
(15)
O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal),
decidiu nesta quinta-feira (14) manter, por prazo indeterminado, as prisões de
Joesley Batista e Ricardo Saud. Presos desde o último domingo, o sócio da
J&F e o executivo do grupo seriam libertados à meia-noite desta sexta-feira
(15), quando chegaria ao fim o prazo da prisão temporária.
"Expeçam-se os mandados de prisão preventiva, cujo
cumprimento deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor
ostensividade", escreveu Fachin ao determinar que os executivos permaneçam
atrás das grades.
Ao acolher o pedido feito pela PGR (Procuradoria-Geral da
República) para manter os dois presos, Fachin afirma que sua decisão visa
assegurar a ordem pública.
O ministro relator da Lava Jato na Suprema Corte acrescenta
também que a disponibilização dos passaportes proposta pela defesa dos
executivos "não se presta a alcançar o risco que se pretende neutralizar,
associado à possibilidade de dissipação de elementos probatórios e de
reiteração criminosa".
Fachin remete denúncia contra Temer ao plenário do STF antes
de enviar à Câmara
Fachin destaca ainda que a autoridade policial responsável
pelo cumprimento das medidas determinadas por ele deve "tomar as cautelas
apropriadas" com o objetivo de preservar a imagem dos presos, evitando
qualquer exposição pública.
Também nesta quinta, Fachin cancelou o acordo de delação
premiada firmado pelos executivos da JBS. O benefício acordado com o MPF
(Ministério Público Federal) garantia aos delatores que eles não seriam
denunciados à Justiça pelos crimes que admitiram nem seriam presos.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu para
que eles tivessem a prisão temporária convertida em preventiva (tempo
indeterminado). Os dois se entregaram à PF, em São Paulo, no último domingo
(10), e foram transferidos para Brasília na segunda.
noticias.r7.com
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