Para o diretor-geral da OMC, "dinheiro tem, mas a
oportunidade tem que ser rentável e relativamente segura"ROBERTO AZEVÊDO, DIRETOR-GERAL DA OMC (FOTO: SALVATORE DI NOLFI/EFE)
diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, acredita que o momento é oportuno para o país receber investimentos com as novas concessões e privatizações anunciadas na última quarta-feira pelo governo. Azevêdo passou a semana no Brasil, onde manteve encontros com empresários, parlamentares e autoridades, entre as quais o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente Michel Temer.7
O pacote de 57 concessões e privatizações no Brasil pode atrair investidores internacionais?
Eu acho que, sobretudo depois da crise mundial, com baixo crescimento econômico, taxas de juros reduzidas e políticas monetárias mais generosas, os investidores estão procurando, de maneira geral, boas oportunidades de investimentos. Mas eles também estão muito cautelosos e buscam, principalmente, remuneração, estabilidade, segurança e previsibilidade. Dinheiro no mundo tem, mas a oportunidade de investimento tem que ser rentável e relativamente segura.
Há muito dinheiro parado do mundo. O senhor tem ideia de quanto?
Acho que esse número ninguém tem. Mas há um certo excesso de capital. Há um certo excedente que precisa encontrar lugares que remunerem bem. Os investidores não estão colocando dinheiro em todo lugar à toa.
Acho que esse número ninguém tem. Mas há um certo excesso de capital. Há um certo excedente que precisa encontrar lugares que remunerem bem. Os investidores não estão colocando dinheiro em todo lugar à toa.
Na sua opinião, o mundo está mais protecionista desde a crise financeira de 2008?
A nossa estimativa é que, depois de 2008, todas as medidas tomadas para restringir o comércio afetam apenas 5% do comércio global, o que é bom. Mas isso não significa que podemos ficar tranquilos e deixar de monitorar o comércio mundial.
No próximo mês de dezembro, haverá uma conferência ministerial da OMC em Buenos Aires. Qual é a sua expectativa?
É difícil fazer uma previsão com tanta antecedência. Há discussões em várias áreas, como agricultura, serviços, subsídios à pesca, há discussões nos temas da rodada de Doha, comércio eletrônico, facilitação de investimentos e apoio às pequenas e médias empresas.
A nossa estimativa é que, depois de 2008, todas as medidas tomadas para restringir o comércio afetam apenas 5% do comércio global, o que é bom. Mas isso não significa que podemos ficar tranquilos e deixar de monitorar o comércio mundial.
No próximo mês de dezembro, haverá uma conferência ministerial da OMC em Buenos Aires. Qual é a sua expectativa?
É difícil fazer uma previsão com tanta antecedência. Há discussões em várias áreas, como agricultura, serviços, subsídios à pesca, há discussões nos temas da rodada de Doha, comércio eletrônico, facilitação de investimentos e apoio às pequenas e médias empresas.
Fonte: http://epocanegocios.globo.com
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